quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Piada Inglesa

Someone says to another one:

"When we first met, I said things that were not true and I deeply regret for saying them."

"Like what?"

"Pleased to meet you."

sábado, 11 de outubro de 2008

Legião Estrangeira

Enquanto não resolvo abrir meu coração e falar o que se passa dentro de mim, passo o tempo fazendo traduções. Espero que apreciem!

O texto abaixo é de fácil compreensão para quem conhece a vida militar. Seções. Pelotões, Companhias, Batalhões, Regimentos, Destacamentos, Brigadas, tudo isso é referente a tamanho de unidades. Infantaria, Cavalaria, Engenharia (Genie, em Francês), são especialidades de Combate. Briefing (“brifim”) é uma reunião que é feita para detalhar os trabalhos a serem desempenhados na missão (Debriefing – “d’brifim” -é a reunião feita depois da missão cumprida, para apresentar resultados e discutir erros). DBLE significa Demi-Brigade de La Legión Etrangére. Demi-Brigade significa "meia-brigada". O “E” que segue a maioria dos nomes dos regimentos significa, é claro, Etrangére... Ah, e o nome do autor me parece um pseudônimo: pode significar "Pierre do 4".

A Legião Estrangeira
Por Pierre Dufour


O início

A Legião Estrangeira formou-se em 10 de março de 1831, por ordem do Rei Luís Felipe I, que desejava uma força armada composta por estrangeiros. Foram organizados seis batalhões em Toulon e, em agosto, mandados para a Argélia.

A Legião recebeu o seu batismo de fogo em 27 de abril de 1832, na frente da “Maison Carée” (casa quadrada) e, desde então, nunca esteve longe do combate, qualquer que seja o ponto no globo terrestre.

De 1835 a 1839, combateu pelo lado de Isabela II contra os rebeldes de Dom Carlos. Também lutou contra Abd El Kader e, posteriormente, no cerco de Constantinopla e na Batalha de Tscheriden em 1857. Ao mesmo tempo, a Legião desenvolveu a sua reputação tanto como construtores como combatentes; o mais notável de seus feitos iniciais foi trabalho nas fundações da cidade de Sidi-Bel-Abbes.

No reinado de Napoleão III, as unidades da Legião serviram na Europa e no México, e, naquela ocasião, a idéia inicial de unidades segregadas de estrangeiros deu lugar ao conceito de amálgama, que via os homens de todos os países lutando lado a lado nas mesmas companhias. Essa mudança na estrutura da unidade se provou eficaz pelos sucessos em Alma, no cerco de Sebastopol (durante a Guerra da Criméia), em Magenta e Solferino.

A Legião chegou ao México, na baía de Vera Cruz em 28 de março de 1863 e alcançou a vitória em 16 de abril depois de aguerridos combates em Puebla.

Uma das missões da Legião nesse período era a segurança das rotas de comunicação do Exército Francês regular, e um episódio histórico da Legião ocorreu como resultado. Em 30 de abril, 63 legionários sob o comando do Capitão Danjou resistiram por onze horas a dois mil mexicanos na “Hacienda” de Camerone, antes de serem derrotados.

A Legião ficou no México até 1867. Três anos depois, foi jogada na luta contra a Prússia, mas não foi melhor sucedida do que o restante do exército na retenção do avanço das tropas de Bismarck.

Poucos anos depois, quando a Terceira República da França embarcou numa série de aventuras coloniais, a Legião foi na frente. Da década de 1870 até o início do Século XX, a Legião serviu e lutou na Argélia, na Amazônia, no Sudão, em Madagascar, em Marrocos e na Indochina.

Quando a 1ª Guerra Mundial começou, a Legião viu um salto nos alistamentos, particularmente entre americanos. Formaram-se quatro regimentos de Infantaria, todos eles participando de duras ações; sofrendo tantas perdas que, em 1915, havia apenas um regimento – o famoso regimento do Coronel Rollet que, entre as duas guerras mundiais, tornou-se o “pai da Legião”. Essa unidade combateu através da 1ª Guerra Mundial, de Verdun ao Somme até Dardanelos.

A Legião Estrangeira Francesa saiu da 1ª Guerra Mundial mais forte e mais prestigiada do que quando entrou, e precisou de toda a força que lhe foi adicionada para manter a ordem nas colônias do Marrocos, da Síria e do Líbano.

Quando a guerra na Europa estourou novamente, a Legião foi inundada com voluntários, da mesma forma que em 1914. Formaram-se sete regimentos: o 11° e o 13° REI, os 21°, 22° e 23° regimentos de voluntários estrangeiros, o 97° grupo superior de reconhecimento geral e a 13ª DBLE.

Em 1943, o Exército Livre Francês entrou na guerra. Auxiliado pelas Forças Aliadas, as unidades da Legião serviram de ponta de lança para o 1º Exército do General De Iatre de Tanigny, inicialmente liberando a França e, posteriormente, alcançando Stuttgart e Alberg.

Quando a 2ª Guerra Mundial terminou, todas as unidades da Legião foram desativadas, exceto a 13ª DBLE, que foi enviada para a Indochina, onde passou oito anos perigosos e desgastantes contra um inimigo que inicialmente era evasivo, depois bem armado e que finalmente derrotou a Legião na sofrida Batalha de Dien Bien Phu. Não muito depois, a legião também retirou-se da sua “casa” de longa data em Sidi-El-Abbes e, em 1962, deixou a Argélia.

A Legião Estrangeira hoje

A legião atualmente é composta de 8.000 homens distribuídos em 10 regimentos ou destacamentos. Duas dessas unidades tem missões especializadas: o 1° Regimento, que serve como guardião das tradições da Legião e é o que pode ser chamado de “escritório central” e é localizado em Aubagne, próximo à Marselha; e o 4º RE, herdeiro do 4° REI, que é a unidade-escola e localiza-se em Castelnandary, próximo a Toulouse.

As quatro unidades seguintes são os regimentos da “força de ação rápida”: o 2° regimento de pára-quedistas ( unidade de choque da 2ª divisão de pára-quedistas), o 1º regimento de cavalaria, o 2º regimento de Infantaria e o 6º regimento de engenheiros.

O 1º REC é uma unidade de reconhecimento, o 2º REI é uma unidade de Infantaria e o 6° REG é um destacamento de Engenharia de Combate; todos pertencem à 6ª Divisão Blindada Leve.

Os quatro regimentos restantes pertencem a forças territoriais ultramarinas e tem missões de guarnição e segurança; são treinados de acordo com as necessidades do país para o qual são destacados, o que geralmente inclui deveres cívicos assim como deveres militares tradicionais.

A 13º DBLE fica em Djibouti, onde protege a baía, a base aérea e a integridade territorial desse pequeno país no Chifre da África. Na Guiana, o 3º REI dá segurança para as instalações espaciais francesas, e o 5º REI faz o mesmo nas instalações nucleares do Pacífico Sul. Finalmente, há um destacamento da Legião em Mayolle e um nas Ilhas Comorros, próximo da costa oriental da África, guardando a entrada do Canal de Moçambique.

O 4º Regimento: Unidade-Escola da Legião Estrangeira

Cinco a seis mil pessoas se alistam a cada ano para juntar-se à Legião, pois, como no último século e meio, a Legião representa um veículo para a aventura, para a esperança e/ou para uma dolorosa redenção. Em 1870, eram os austríacos e os nativos de Lorraine; em 1920, os russos brancos; em 1939, os espanhóis republicanos; em 1945, os alemães e os eslavos e, em 1970, vários portugueses.

Diferentemente dos anos anteriores, os candidatos com sérios antecedentes criminais, perversões ou problemas sociais não são mais aceitos. Os candidatos, em média, são mais novos (25 anos) que os 45-60 anos dos passado, mais cultos e com maior senso político e social. A maioria deles vem para a Legião porque estão desempregados, entediados, precisando de treinamento físico ou em busca de uma carreira satisfatória. Uma coisa que não mudou, entretanto, é a diversidade encontrada na Legião. Homens de mais de 130 nações serviram na Legião em um tempo ou outro, e a mistura de hoje é tão multinacional como sempre foi.

A rigidez germânica, a fluidade latina, a sensibilidade eslávica, a originalidade anglo-saxônica; todas essas qualidades unem-se no caldeirão do 4º RE, a escola da Legião.

Quando o Legionário noviço chega em Castelnandary, ele descobre uma instalação moderna, muito diferente da úmida cidade corsicana que me recebeu quando me alistei. Aqui, ele abandona sua velha vida e renasce como um Legionário – e dificilmente esse renascimento é sem dores.

Além de não saber francês, vários novos Legionários estão em má forma física, alguns tem personalidades difíceis e, de alguma forma, inclinações antissociais, mas, o ambiente em que agora vivem os transforma em pouco tempo em homens de constituição sadia, que são profissionais e orgulhosos que se encaixam bem na vida de suas cominidades.

Os voluntários chegam em Castelnandary às sextas, pelo trem de Marselha. Recebidos em Aubagn pelos oficiais de seus futuros pelotões, eles descobrem o alojamento do “Captain Danjou”. Lá eles passam por exames médicos e recebem seus conjuntos ( o Quepe Branco, capacete, uniforme de combate, botas, cantil e talheres, entre outras coisas), tudo num passo muito mais acelerado do que na vida civil, de forma que seus instrutores possam começar a ver logo como eles respondem a pressões e a ambientes desconhecidos.

Os novos Legionários também são apresentados às instalações: dez prédios de dois ou três andares, incluindo a administração, o armazém e o lazer, a enfermaria, o posto de segurança e a seção disciplinar, tudo colocado em torno de uma “place d’armes” de oito mil metros quadrados, onde ocorrem as cerimônias do regimento.

As instalações de treinamento incluem um estande de tiro ultramoderno, uma pista de direção, vários quartos de simulação e os mais modernos equipamentos audiovisuais. O treinamento em si acontece não apenas em Castelnandary mas em locações em todo o país.

Depois dessa orientação, os novos recrutas são designados para uma companhia de forma que são misturados com outros de várias recrutas de outras nacionalidades e experiências.

A primeira coisa que aprendem do seu chefe de seção é como reconhecer os vários postos e graduações do Exército Francês, de modo a saber quem são seus superiores. E a tabela de organização do 4º RE (três companhias de recrutas, a companhia de instrutores especialistas e a companhia de instrução de oficiais).

Durante sua primeira semana, os voluntários (chamados “EVs”, de l’engagé volontaire) passam por testes médicos e físicos mais rigorosos para determinar se seus corpos agüentarão o treinamento intensivo que virá. Se um recruta não passa, entretanto, ele não é sumariamente lançado fora da Legião; em vez disso, um programa de treinamento é planejado para colocá-lo na velocidade média da Legião.

Ao mesmo tempo, os EVs aprendem a disciplina do soldado: o manejo de armas, o respeito, a obediência e a marchar – tudo previsto no método já testado de “recompensa e punição”. Adicionalmente, os estrangeiros recebem lições de Francês de professores conscritos e tem a exigência de falar Francês nos alojamentos e durantes as instruções. Mais do que isso, eles são motivados a pelo menos aprender a compreender o Francês bem rápido, pois todas as ordens são dadas nesse idioma (a Legião, apesar de tudo, é uma unidade do Exército Francês, e não simplesmente uma unidade mercenária adicionada a ele).

Pela quarta semana, o treinamento físico militar começa de verdade, primeiro com marchas usando mochilas e armas orgânicas – e tendo a permissão de usar o Quepe Branco (Le Kepi Blanc), isso marcando o seu verdadeiro início de suas carreiras na Legião.

A quarta semana é também o início da instrução operacional e das técnicas específicas das unidades para qual o recruta será designado. Há a marcha cronometrada de 8.000 metros, carregando treze quilos de armas e equipamentos, a “pista do combatente” e a pista de obstáculos (500 metros e 16 obstáculos percorridos em cinco minutos ou menos).

Os EVs também aprendem os rudimentos do combate desarmado, o manejo de armas leves e demolições.

As armas básicas são o FAMAS (fuzil de calibre 5.56 com seleção de fogo automático e semi-automático), que pode ser equipado com lançador de granadas e bipé; a metralhadora de A.A.52 de 7.5 mm e a pistola automática MAC 50 de 9 mm. Outras armas com que o Legionário se familiariza são os lançadores de foguetes anti-tanques LRAC de 89 mm e o novo foguete anti-tanque Apilas de 112 mm. Os EVs devem ser capazes de operar e desmontar e montar todas essas armas; desde o começo é ensinado a eles o quanto são importantes as suas armas e como ele deve mantê-las.

O treinamento do tiro de precisão é extenso e variado, desde tiros com mira em 200 metros até o tiro instintivo em combate aproximado, de tiros em alvos móveis ao tiro realizado em plataformas móveis.

O treinamento de patrulhas é, da mesma forma, variado e intenso: aprender a ver e reconhecer situações importantes e/ou perigosas, como cavar uma trincheira e se esconder, como atacar, fazer reconhecimentos, capturar prisioneiros e evacuar os feridos.

O EV aprende que ele deve estar sempre alerta, que o perigo está sempre por perto e que a iniciativa individual deve ser temperada com a percepção da necessidade de operar dentro de sua seção e unidade combatente.

Os Legionários também aprendem uma variedade de técnicas aeromóveis, anfíbias e de montanha, e passam períodos nos trópicos e no ártico para acostumarem-se o calor e o frio.

Na 12ª semana de treinamento, o novo Legionário precisa combinar e aplicar todo seu conhecimento num exercício de 150 quilômetros que deve ser concluído em quatro dias.

Inicia-se com um briefing de missão em Castelnandary, onde a unidade recebe a tarefa de infiltrar-se em território “inimigo” para atacar um ponto com uma incomum proteção acima do normal: alojamentos, depósito de munições ou qualquer outra instalação. Espera-se a passagem por uma grande variedade de obstáculos, o cumprimento da missão e a retirada, trazendo consigo os “feridos” e, durante todo o tempo, sofrendo a perseguição do inimigo (geralmente os pára-quedistas franceses ou outras unidades da Legião). Quando a unidade alcança uma posição defensável, deve então organizar um perímetro de defesa e repelir o inimigo até que os helicópteros Gazelle e Puma os recolham.

Quando a unidade retorna aos alojamentos do Capitão Danjou, os homens estão mais duros e mais confiantes – e agora eles são Legionários. A instrução terminou, e é hora para a designação das unidades. Alguns ficarão no 4º RE. Alguns irão para o 2º REP (a unidade mais desejada). Outros irão para alguma unidade no ultramar.

De lá, cada Legionário pode se especializar: em comunicações, administração, processamento de dados, mecânica, medicina, etc. porque as primeiras catorze semanas são apenas uma introdução à Legião. Ao chegar em sua nova unidade, o Legionário inicia um novo treinamento, dessa vez para adquirir o conhecimento específico para a missão de sua unidade. Para o 2º REP, há o treinamento de pára-quedista; para o REC, dirigir e atirar de veículos de reconhecimento. E assim por diante.

Na legião, o treinamento é constante. Os Legionários não apenas treinam continuamente com suas unidades; eles retornam regularmente à Castelnandary para capacitação, especialização adicional ou treinamento de sargentos.

O treinamento na Legião nos dias de hoje é diferente do passado. Quando haviam muitas guerras e muitos legionários possuíam experiência de combate em unidades de elite de outros países, eles tendiam a treinamentos mais duros e, devido a constante possibilidade de combate, a falha dos instrutores em ensinar e a falha dos estudantes em aprender era freqüentemente punida com a morte.

Hoje a finalidade da morte permanece a mesma, mas a possibilidade é mais remota; enquanto a sociedade evolui e a tecnologia se torna mais complexa, o ambiente de treinamento tende a ser mais pedagógico e, vamos dizer, menos físico. Dessa forma, as punições da Legião para os erros foram substituídas pela pura e simples expulsão dessa unidade de elite. As infrações menores são causa para exercício físico punitivo ou uns poucos dias no xadrez. Faltas maiores, entretanto (deserção ou violações de honra) são causas para o cancelamento de contrato, o que torna o agora ex-Legionário sem o amparo da Legião e sujeito aos desfechos da justiça civil.

Apenas dois de cada cinco recrutas Legionários são aprovados no treinamento para usar o Quepe Branco como Legionários Plenos. É um caminho duro e exigente, mas para aqueles com a vontade e a habilidade para segui-lo, a recompensa é incomensuravelmente grande.

Legendas de Fotografias (não tenho scanner)

1 Castelnandary – Onde a pessoa se torna Legionário. Eles nunca esquecem sua passagem por Castel.

2 Legionários aprendendo Francês básico. O método é simples; coisas são mostradas e identificadas pelos homens em Francês – sem sofisticação, mas funciona.

3 É o mesmo que em todo canto para os soldados: você corre e corre e corre. Mais tarde eles quebrarão o gelo do rio e atravessarão submersos com seus uniformes básicos – FRIO!

4 Treinamento em coordenação e força física é uma das marcas da Legião. Esse é um dos vários obstáculos a transpor.

5 O treinando trabalha duro para vencer os obstáculos de arame numa pista de cimento longa e dura – mais tarde será de arame farpado.

6 “Vamos ver do que você é feito.” A sete metros de altura, um treinando deve saltar dois metros entre árvores – sem rede de segurança, é claro.

7 No Rapel! Note que nesse método de alimentação de corda o treinando não precisa de mosquetões ou oitos.

8 Legionários em linha com o fuzil francês FAMAS 5.56 mm. Esse desenho permite um fuzil curto com um cano de comprimento convencional. Tem uma cadência de tiro superior a 100 tiros por minuto. O carregador padrão leva 25 cartuchos.

Textos adicionais:

Tradições da Legião

Na sua história registrada, mais de 900 oficiais e 35.000 homens serviram como “filhos da França” na Legião Estrangeira Francesa, e, fazendo isso, desenvolveram um esprit de corps sem rival em qualquer unidade militar no mundo.

Parte do orgulho da unidade, é claro, é o famoso chapéu “Kepi” branco, usado pela primeira vez em julho de 1939. As ombreiras verdes e vermelhas tem sido usadas e abandonadas desde 1866, e continuamente desde 1931, quando o General Rollet as reinstaurou junto com o cinto de flanela azul. A gravata verde foi adotada em 1945. (O Uniforme de combate, com sua boina verde, foi imortalizado pelos Legionários pára-quedistas na Indochina,)

As bandeiras da Legião também trazem o testemunho da história e do seu espírito: de um lado está escrito “Camerone 1863”; do outro lado, “Honra e Fidelidade”.

A musica da Legião é caracterizada por flautas e por tambores pendurados sobre uma das coxas e em todas as cerimônias da Legião é tocada a canção “Boudin”, escrita em 1860 pelo Mestre da Banda do 2º Regimento, o Sr. Wilhelm.

Existem várias cerimônias e festivais na vida da Legião e o mais importante deles é a comemoração de Camerone em 30 de abril. Então, como em todas as ocasiões especiais, a Legião marcha em revista no seu ritmo lento oficial de 88 passos por minuto.

Além das cerimônias da Legião cumpridas no mundo inteiro, cada regimento tem sua própria celebração de aniversários de batalhas e santos padroeiros. Para o 2º REI, é a Batalha de El Moungai (1902). Para o 3º REI, é o rompimento da linha de Hindenburgo (1918). Para o 1º REC, é São Jorge; para o 2º REP, é São Miguel Arcanjo; para o 6º REG, é Santa Bárbara.

Tradições: o laço que une

Tradições, na legião de estrangeiros, não morrem; de fato, elas são incentivadas. Em uma organização como a Legião, as tradições ajudam a estabelecer um laço de honra comum que ajuda a todos que entram a compreender e apreciar a organização e o que foi feito no passado para continuar a fazer seu trabalho no futuro. As tradições vão desde a entrega formal do Kepi Blanc na quarta semana do treinamento numa cerimônia ao lado do fogo até o canto dos vários tipos de cantigas da Legião enquanto marcham ou comem ou se aquecem em fogueiras. Tudo isso ajuda a unir um grupo de homens de todas as partes do mundo em uma dura e dedicada unidade militar que lutará por um país que não é deles. Esse tipo de conceito foi adotado através do uso do sistema regimental conforme usado pelo Reino Unido e pelos Rangers dos Estados Unidos. É válido que os homens tenha a permissão para permanecerem em suas unidades pelo tempo de sua carreira militar, como é feito em grande extensão nos exércitos europeus.

Traduzido do Inglês para o Português da revista GUNG-HO, agosto, 1989 – Parece que foi ontem...